sexta-feira, 8 de agosto de 2008

skins





Série bastante complexa e marcante esta skins. Narra a história de um grupo de amigos do secundário em Bristol, Inglaterra, mas acaba por ser muito mais que isso. Um emaranhado de sentimentos em planos meio abstractos e atitudes comuns, mas ao mesmo tempo questionáveis. Se a primeira season até estava mais ou menos adequada com esta premissa, a segunda transforma-se totalmente, tornando-se num vigoroso murro no estômago mas mais que isso, numa espécie de esforço intelectual para relacionar o pensamento juvenil com as suas próprias vidas.

Curiosamente a série está pejada de clichés. A começar pelas personagens: temos o tipo cool com a mania que sabe tudo, o party animal, o típico loser, o gay, o monhé, a negra que toca clarinete e o pai é produtor de hip hop, a típica miúda que arranja sexo quando lhe apetece, a anorética e meio esquisita da cabeça...enfim cada personagem da série tem o seu carácter escrito na testa, ou pelo menos a forma em como o vamos ver dali para a frente. e nisso nem por isso surpreende.

Também o facto de ser realista mas não falar dos outros adolescentes (basicamente aqueles que ninguém quer saber, que não saem à noite nem se embebedam e são uns marrões de primeira - ou não, mas isso pouco interessa) não é propriamente um ponto positivo.

No entanto a série é mesmo intensa como tudo e vale sobretudo pela realização e fotografia. Também vale como é óbvio pelo comportamento dos seus intervenientes: mais que desviante para a sociedade onde vivemos e moralmente reprovável para muitos de nós. Whatever: isto não são paninhos quentes para ninguém, e se querem morangos fiquem-se pela tvi. è altamente recomendável porque ultrapassa e muito o habitual teen-drama. e muito.

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